sábado, 20 de junho de 2009

HORA DE DEIXAR SAIR

13 de dezembro 2008 É hora de deixar vir à tona quem realmente sou. No fundo, ainda tenho dúvidas se a vida corrida permitirá que tudo ... flua... Mas tem de haver um começo. É latente o desejo de viver uma vida verdadeiramente condizente com o que penso e o que sinto. Chega de me adaptar... (Chega mesmo?) Preciso de mais liberdade, aquela que aprendi a obter recebendo influências de minha mãe, de minha história e da história do mundo à minha volta desde a infância. Tantas influências: música, revolução feminina, abertura política e a vontade que sempre carreguei comigo de SER. Eu me esqueci disso. Deixei jogado lá no fundo, sem jogar nenhuma luz sobre e deixei-me envolver pelas promessas de uma vida certinha... Projeto herdado também da influência dos mesmos tempos, onde ainda havia tanta moral, tanta insistência em se manter os "bons costumes". Assim, sou fruto dessa mistura de um padrão definido entre certo e errado, pode ou não pode, com resquícios fortíssimios do autoritarismo, do "Tem que ser assim". Ai, ai, quanta coisa fico pensando que queria ter feito. E não posso fazer mais? Qual é o meu sonho? O que ainda quero realizar? Quero botar pra fora quem realmente sou: fazer o que gosto, melhorar aquilo posso, aprofundar no que amo. Não sei mesmo se a vida que gostaria de viver permitirá executar meus planos, meus desejos, pois até agora ela imperou! Mas eu vou por esse caminho: abrir espaço, dar liberdade pras coisas nas quais acredito. A arte que quero fazer, sem a pretensão de ser artista; as coisas que quero aprender mais e mais sobre as pessoas, sobre Deus, sobre o amor, sobre o direito de ser sensível; sobre expor a beleza que tenho; sobre deixar o legado pros meus filhos não de uma casa, carros e bens, mas da força, da honestidade consigo próprio, da possibilidade de se alcançar o que quiser - não a ilusão de que se será grande e poderoso - mas que todos somos capazes, todos temos um brilho, todos podemos fazer ... se formos... E eu sempre fui. Durante tanto tempo, não deixei de ser quem eu era e não abandonei minhas crenças. Neguei tantas vezes tudo que não gostava: a hipocrisia, o artificial, o superficial, o vazio de conteúdo e raciocínio e o vazio de raciocínio sem sensibilidade - que me esqueci de afirmar do que mais gostava. Aquilo que gosto é aquilo que vou realizar, porque eu quero, por que eu posso fazê-lo e porque isso não morreu dentro de mim. E não vou morrer com isso. Choro, sofro, hesito, bato de frente, saio do caminho, grito por socorro, mas minha essência não muda. Eu sou! Eu vou!

4 comentários:

  1. "Choro, sofro, hesito, bato de frente, saio do caminho, grito por socorro, mas minha essência não muda."
    É ruim quando a essência das pessoas mudam.
    É complicado!
    Querendo ou não, muitos se confundem. Muitos se deixam levar.

    Obrigado pelo comentário deixado no blog MOMENTUNS.
    Passe mais vezes, será uma honra ler comentários seus.
    Em breve, por esses dias, estarei voltando e escrevendo mais. A continuação de DIVÃ.
    Até mais! Beijos.

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  2. Ei, gostei muito.
    Continue mostrando a sua força, ela faz parte do seu destino.

    Cristiano.

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  3. A caneta e o papel são substituiveis por teclas e multimídias, mas o impulso que nos impele a nos comunicar e expor nossos ideais, pensamentos e vivencias, uma vez experimentado não há como encontrar algo os substitua.
    Roério

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  4. Nosso maior desafio e sabermos quem somos diante Daquele que nos criou...Aquele que sonhou conosco antes que existissemos...Que nos predestinou para realizarmos Seu proposito!!So assim teremos dignidade!!
    Eu oro para que voce tenha coragem de ser quem voce e...sem mascaras, sem culpa, mas livre para sonhar os sonhos de Deus pra sua vida!! Beijos...saudade!!!! Vitoria.

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