domingo, 10 de janeiro de 2010


Ninguém sabe o tamanho da minha dor...
Essa frase ecoa na minha cabeça há dias...
Não me lembro de manter esse sentimento por tantos dias como agora. Sei lá o que acontece... a falta enorme que sinto, a sensação de perda, porque não só já escrevi, como muito já se disse que a escolha implica em perda... O que estou escolhendo meu Deus? E que perda doída essa!!!
Todo dia é uma ai! Todo dia a ferida inflama e eu me pergunto o que tô fazendo? Pra onde eu tô indo?
Nos momentos que consigo parar, deixar as obrigações diárias, profissionais, maternais, nas raras vezes em que posso conectar-me comigo mesma, me espanto como me afastei de mim mesma, de tudo o que gosto. Me machuca e me enfurece pensar que fui tão burra, tão má comigo mesma a ponto de não investir em mim mesma. Deixei as músicas de que gostava, deixei o violão, deixei quem sou, as minhas pequenas loucuras, a liberdade de ser.
Tão obediente que sou, vesti com disciplina a farda da esposa, da mãe e da profissional. Hoje me pergunto se sobrou espaço pra mim mesma.....
Sei não.
"Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada"
Maria Gadu

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