sábado, 16 de outubro de 2010

Fênix!

      "Hoje eu sinto mais calor
e nem sinto nem mais frio
e o que os olhos não vêem
o coração pressente
mesmo na saudade
você não está ausente..."
                  Nando Reis

Faz um ano que terminei uma postagem citando o Nando. Hoje comemoro esse aniversário, com outra citação dele, da mesma música - Relicário.
Vou falar aqui do que não perdoei? Vou remoer a mágoa? Vou remexer na ferida? Não vou não.
Mas este espaço é meu e me cabe o direito de falar de quem sou e do que sinto.
É dia de relembrar que fui atingida sem pudor, que ouvi tanta coisa, que me feriu de um jeito que pensei que ia morrer de dor. Mas não morri. EU NÃO MORRI, apesar de tantas vezes tê-lo desejado.
Eu fui tateando até encontrar o ponto de apoio e fui encontrando um caminho. Achei e fui percorrendo-o com coragem.
Hoje estou melhor, bem melhor. Já processei tanta coisa, tanto sentimento e saí do fundo do poço.
Tantos ataques, tanto repúdio e eu sem entender direito o tamanho daquele furacão que me arremessou e me atirou pra longe.
O que fiz de lá pra cá, como fui vivendo, só eu sei...
Mas hoje vejo que não me saí tão mal. Melhorei, curei muita coisa, aprendi a lidar com outras tantas, encontrei pessoas com feridas iguais e isso me ajudou. Vi que eu não era só.Vi que meu mal não era o único, nem o último.
Tive medo sim. Em muitos momentos, pensei que não conseguiria suportar ou quem sabe... sobreviver à tudo aquilo.
Pensar que não mereço tudo o que ouvi e passei, eu penso sim. Pensava desde o início... Nada me convencerá que fiz por merecer! Nenhum argumento.
Porque quem agride, quem ataca, se esconde atrás da violência que comete. Quem ataca não admite sua fragilidade, sua vulnerabilidade.
Eu fui eu mesma todo o tempo... Se não agradei... melhor que eu saiba que não. Melhor assim. Melhor assim!


 "Quem me falou da minha capacidade de “ressurgir” mais forte, apontou também a intensidade com que vivo. Não vivo intensamente porque amo a vida e desejo vivê-la. Vivo intensamente, porque busco, ininterruptamente, incansavelmente, algo que me baste.
Assim, ex-pe-ri-men-to a vida. E isso, não é pra qualquer um."
 do texto 'Fenix?' postado por mim, neste blog, em 19/10/2009


Um comentário:

O que você pensa? Como se sente?