quinta-feira, 3 de junho de 2010

Eu continuo caminhando. É verdade que parei um pouco pra chorar, lamentar. É verdade que olhei pra trás muitas vezes, pensando até que poderia voltar. Mas eu segui adiante. Quantas vezes fui amparada! Tive quem segurasse minha mão, por vezes um alguém de cada lado. Por vezes, tive quem me sustentasse pelo braço, segurando-me, tamanha era a minha fraqueza pra prosseguir. Assim, segui. Hoje consigo caminhar olhando pra frente, altiva, ciente de que posso escorregar. Mas ao longo do caminho pude me afastar e ao me afastar fui deixando muita coisa pra trás. Foi ficando... pra trás... O que vislumbro nem sei. Se é que vislumbro... Prefiro cuidar do caminho, do trecho pelo qual sigo agora. Pisar com cuidado, ficar atenta se for necessário me desviar, ter a paciência de parar pra descansar. Olhar pra trás? Posso olhar, mas não pra voltar. Esse caminho não tem volta. Alguém volta na própria vida? Isso não existe! Posso olhar pra mensurar o quanto já caminhei, pra entender aonde já estou. Não quero parar. Não posso parar.

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