segunda-feira, 22 de junho de 2009

QUANTA BAGUNÇA!


A bagunça me incomoda. Não pensem que não, porque isso não é verdade. Contudo, eu mantenho a bagunça.
Não tenho uma explicação lógica pra isso, mas sei que ela só permanece, porque eu assim a deixo. Tudo fora do lugar...
Houve um tempo em que era quase tudo, mas hoje tudo está fora do lugar. Armários; gavetas; prateleiras; pertences, úteis ou não; objetos que um dia tiveram algum significado. Está tudo lá, misturado, revirado, sem merecer nenhum cuidado meu.
Algum entendido da área da psicologia já me disse que isso é reflexo da bagunça interna. Algo como "a gente extravasa", estende até o exterior o estado de desarrumação interna. Se assim for eu não ligo. Tenho um fundamento científico pra ser bagunceira. Melhor, posso dizer que ESTOU bagunceira, não que SOU. Quando minha desordem interna se acalmar, meu ambiente se transforma também.
Mas a bagunça me incomoda. Ela está lá pra me dizer que ainda tenho o que fazer, que ainda não terminei, que falta agir. Ela está lá, me atropelando, me importunando, todos os dias pra me lembrar que ainda não estou pronta e que ainda tenho um caminho pra percorrer.
Posso ser melhor, posso evoluir e arrumar essa bagunça.
Um dia, numa pregação numa igreja, ouvi que ao arrumarmos a casa, tiramos as coisas do lugar e fazemos a limpeza. Não há como limpar direito sem afastar os móveis. Pergunto-me se não estou neste momento... Tudo fora do lugar, por dentro e por fora, pra fazer minha limpeza: limpar os velhos conceitos, padrões, visões de mundos, tanta coisa pra espanar!
Daí quem sabe, alguma coisa de valor precisará de um lustro, outras estarão tão estragadas que precisarão ser descartadas?
E penso em como me sentirei melhor depois de toda essa arrumação!
Sem falar que a arrumação nunca está acabada. Vez por outra é preciso afastar tudo de novo pra limpar novamente, ou mesmo trocar as coisas de lugar: melhor aqui do que alí.
E tendo essa tarefa pra executar, me ocupo na função que tenho de polir minha vida, um dia de cada vez.
E você? Tem se incomodado com a sua bagunça?

4 comentários:

  1. confesso que a minha ainda esta longe de esta exemplar, mas deve-se olhar a sujeira e refletir sobre a situação..

    gostei do texto

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  2. A mania do ser CERTINHO tornou-se loucura! So os loucos nao precisam arrumar a casa!! Se precisar de uma mao lele...to aqui!! Beijos amiga!! Vitoria

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  3. A bagunça é inerente à arumação, ou vice-versa, nada mais do que isso. Parece meio paradoxal, mas é a mais pura verdade. É como se fosse um ímã. Linha tênue que as separa, é como amor e ódio, café com leite, goiabada com queijo. Uma não existe sem a outra, óbvio!

    Há quem julgue, para uns, a bagunça é que é arrumada, e, para outros, o arrumado é uma bagunça. E ai de quem decida inteferir na bagunça arrumada, ou na arrumação bagunçada, se algo, seja qual for o objeto, for deslocado, tá feita a desordem. E dá-lhe briga. O que não vale é ficar neurótica, mania de limpeza.

    No fim das contas, o saudoso Cafunga é que estava certo. Infelizmente, no Brasil o errado é que é o certo. Mas, o que é certo ou errado. Qual é, onde está, a verdade?

    Reflexos de um país em constante transformação, e em todos os aspectos, políticos, sociais, culturais, econômicos e religiosos. Padrões que mudam rápidamente, assim como se troca de roupa. Não tem "verdade ou mentira" que dure 24...minutos.

    Fernando Horta Zuba

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  4. às vezes eu tenho tanta bagunça que sinto como se não pudesse fazer mais nada.... ai vejo que é hora de parar um pouco e organizar algumas coisas... na casa, internamente...então consigo avançar um pouco....
    m

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